domingo, 6 de maio de 2012

Como queres ser

Aos teus olhos eu ainda sou a mesma praga
aquela que jurou ser tua por uma eternidade
mas não, eu não sou mais a mesma de antes.
Eu morri trezentos e sessenta e cinco vezes
e ressuscitei trezentos e sessenta e cinco vezes
em duas infindas existências de tormenta.
Se hoje tu ainda me tens como algo teu
tudo o que te pertence é somente poeira
pois o tempo se esvai como a mim mesma.
Eu mudei quando tu deixastes de me olhar
e tu, não mudastes nada, és tu, só mais triste
mais amargo, mais cruel, como queres ser.

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