domingo, 4 de dezembro de 2011

Autodestruição

O que eu sinto? Eu sinto dor, a mesma dor todos os dias. Sempre dói. Que tipo de dor é a minha? Dor de todo tipo, eu sinto uma dor que não tem rótulo, ela é a dor em toda a sua definição. As vezes, quando eu acordo e não sinto essa dor, eu fico tentada a acreditar que ela está passando, mas eu sei que ela sempre volta, ela sempre voltou. Se eu acredito que um dia tudo vai dar certo? Não, eu não me engano mais. Nada é certo, exceto a incerteza. Por isso, enquanto eu simplesmente não pensar, eu vou ficar bem. Mas, sabe qual é o problema? Eu sou boa em me acostumar com coisas que me machucam, coisas que doem. Sem perceber eu abraço a dor, eu a suporto até o último limite, daí a dor começa a me consumir sem eu sentir. Quando eu ultrapasso o limite da dor, eu me autodestruo. Assim, o meu maior desejo é que doa muito mais, sempre mais. Quanto mais doer, menos eu irei me autodestruir.


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