segunda-feira, 31 de maio de 2010

O que dói é não saber

Essa noite eu não consegui dormir. Durante a madrugada o vento começou. O vento uivava nas janelas, e ainda continua uivando. Chove lá fora e eu não tenho vontade de sair. Hoje eu vou esquecer que o mundo lá fora existe. Mais três dias... mais três dias... mais três dias... Tenho tanto o que fazer e nenhuma vontade. Eu tenho uma pergunta. Qual é a pergunta? A pergunta é: Por que dói tanto? A saudade dói... O vento uiva enlouquecidamente agora. Eu não consigo nem ouvir meus próprios pensamentos. Isso é bom... Agora acalmou... Então, a falta dos meus amigos não dói. Eu sei que eles pensam em mim, eu sei onde eles estão e eu sei que eles me amam. Ainda assim sinto saudades, mas é uma saudade boa. O que dói na saudade é não saber. Não saber se ele pensa em mim, não saber onde ele está, não saber se ele me quer... Não saber o que fazer com os meus dias, não saber como evitar os pensamentos, não saber como frear as lágrimas, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Ele? Sim... Ele, sempre ele... Por quê? Eu não sei, eu já cansei de me perguntar isso. Eu também já cansei de fugir... Daqui pra frente, não mais me esconderei. Se me perguntarem eu direi a verdade. Fugir cansa, fingir machuca, não querer saber dói mais do que qualquer outra coisa. O vento continua... os uivos continuam...

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